segunda-feira, 17 de abril de 2017

Documento sugere que Flávio Dino era “Cuba” em planilha da Odebrecht




 





Um documento publicado hoje (15) pelo jornalista Marco D’Eça sugere que o apelido do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), era “Cuba” na planilha de caixa dois da Odebrecht.
Na tabela, que integra o rol das investigações da Lava Jato, aparece a inscrição “Cuba” ao lado da sigla “MA” e do número “200”.
Segundo o ex-funcionário da empreiteira José de Carvalho Filho, Dino, então deputado federal pelo Maranhão, recebeu R$ 200 mil de ajuda para a campanha eleitoral de 2010 (reveja).
Em troca, disse o delator, o comuista defendeu interesses da empreiteira ao relatar o Projeto de Lei nº 2279/2007, que, se aprovado, garantiria segurança jurídica a investimentos na ilha de Cuba, no caso, o dinheiro aplicado na construção do porto de Mariel, construído pela Odebrecht.
Tabela de preços
A informação do delator do governador Flávio Dino também “bate” com outra divulgada pela Folha de S. Paulo.
Segundo a publicação, a Odebrecht tabelava os pagamentos de acordo com o cargo de cada político – ou o cargo que ele almejava.
“Quanto mais influente era o cargo pleiteado por um candidato, maior era a aposta da Odebrecht em sua eleição”, diz a reportagem.
Na disputa de 2014, um aspirante a deputado estadual podia receber em média, R$ 30 mil da empreiteira. A deputado federal, R$ 50 mil. Candidatos a governador ganhavam entre R$ 100 mil e R$ 200 mil, diz a folha.
Dino foi candidato a governador por duas vezes. Nas duas, declarou José de Carvalho Filho, recebeu R$ 200 mil.
Outro lado
O governador Flávio Dino tem negado as acusações do delator José de Carvalho Filho. Num vídeo gravado a partir do Palácio dos Leões, ainda na quarta-feira (12), ele afirmou que tem sido prejudicado por “uma notícia falsa”.
Em entrevista à TV Mirante, na quinta-feira (13), disse não ter recebido recurso ilegal da Odebrecht. “O executivo da Odebrecht diz que eu re­cebi uma senha que teria servido para recebimento de dinheiro. Não recebi senha, nem recebi dinheiro, de modo que eu tenho convicção de que a verdade e a Justiça vão prevalecer muito rapidamente e esse caso vai ser esclarecido”, declarou.

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